terça-feira, 19 de novembro de 2013

Vida Devocional (5)

Graça, Paz e Alegria!

Mensagem do Portal Evangélico Compartilhando Na Web, enviada para o grupo de mensagens em 20/08/2013.

Já escrevemos sobre o assunto na semana passada. Se quiser ler, clique aqui.

A Duração do Jejum

Na maioria das vezes, o jejum bíblico durava apenas um dia. Ia de pôr-do-Sol a pôr-do-Sol. Existem apenas três ocasiões (relatadas) de um jejum de quarenta dias: Moisés, Elias e Jesus. E todos foram em e por ocasiões muito especiais. Moisés estava praticamente dentro da glória de Deus. Elias recebera alimento de um mensageiro do Senhor e Jesus iniciaria o seu ministério, isto é, a salvação de toda a humanidade de seus pecados.

Não há uma regra de quanto em quanto tempo deve-se jejuar. Os fariseus jejuavam duas vezes por semana (Lc 18.12), mas eram considerados hipócritas. Eles jejuavam apenas para mostrar alguma piedade – o que eles não tinham no coração, mas apenas na aparência. É importante frisar que: se a pessoa que jejua não está disposta a entregar-se à oração durante o jejum, esta não deve jejuar. Jejum não é apenas abstenção de alimentos, é muito mais do que isso. É um exercício de comunhão plena com Deus. Portanto, jejuar sem meditar na Palavra e praticar a oração é apenas ficar sem comer. Não precisamos orar e ler a Bíblia durante todo o tempo do Jejum! Podemos nos dedicar a outras tarefas, mas devemos tomar cuidado para não descuidarmos do que estamos fazendo: jejum, e não apenas ficando sem comer.

Perigos do Jejum

Hipocrisia: é o caso dos fariseus (Mt 6.16). Eles chamavam toda a atenção para si. O nosso jejum não pode ter o objetivo de chegar aos olhos e ouvidos do mundo, mas única e exclusivamente diante de Deus. O jejum é uma questão particular entre nós e Deus (Mt 6.17). É possível pensar num "jejum comunitário", mas não para que um mostre algo mais espiritual que o outro, mas para uma busca comunitária.

Legalismo: algumas pessoas associam o jejum com a ideia de se fazer boas obras para agradar a Deus e assim alcançar a salvação. Se uma pessoa jejua com esta intenção, este jejum é obra da carne. A credibilidade do jejum não está na abstenção pura e simples, mas na sinceridade da pessoa que manifesta sua fé, privando-se de alimentos, bebidas ou de qualquer abstenção que realize. Muitas pessoas reclamam que jejuaram e Deus não ouviu a sua oração, nem atentou para o seu jejum. Isto me faz lembrar Isaías 58.3ss. O fato de terem reclamado após jejum mostra que, durante o mesmo, a atitude não fora correta. Jejuaram com a motivação errada. Nós jejuamos para mostrar nossa dependência e confiança em Deus, não para obrigá-lo a responder-nos em tudo o que queremos.

Associar o Jejum com Espiritualidade: alguns querem que os outros jejuem, exatamente como eles fazem. A Bíblia não nos diz quanto tempo devemos jejuar, nem quantas vezes. Ninguém pode impor a sua espiritualidade a outrem. A genuína espiritualidade vem do coração, e não pode ser imposta. Cada um, individualmente, tem que tomar sua própria decisão de servir a Deus. Quem quiser jejuar, deve fazê-lo com a motivação correta, de modo bíblico, mas não deve forçar ninguém a fazer o mesmo.

Permitindo o Senhor, retomamos a mensagem com "Oração" na próxima semana.

Forte abraço.
Em Cristo,

Ricardo, pastor

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